A vida é como sopa que se toma na sombra,
Um caldo ralo que raleia a resistência,
Permite o abuso, incentiva a penitência,
Mas permeia, permite, assiste, encorpa,
E sorvê-la reanima, dá força, legitima,
O desejo de vencer a peleja desta vida,
Se manifesta na grandeza que convida,
Ao coração perdido, pra que se exprima.
Este caldo, ionizante água que lava,
O que sou, o que vi, o que espero achar,
Neste caminho que sozinho e juntos bailar,
Feito toca! Primeiro, buraco que se cava,
Depois, lugar do aconchego onde me cantar
Cantoria de alforria, pra sopa da vida tomar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário