sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Com tanto pra contar



Nesta sexta feira em que alguém promete terrores,
Por sua associação casual com um número,
Do calendário, em razão dos fatos, inúteis inúmeros,
Inenarráveis e súbitos canto de temores.

Nesta sexta, em que o aturdido dia nos conta,
Suas ancestrais rosetas, suas perdidas voltas,
Suas subidas e descidas e mordidas soltas,
Só me resta ouvir, seus clamores sem conta

Pois que eu mesmo, ancestral vendilhão de pedras,
De coisas que por todo canto o vento encantar,
Tento me moldar ao que não aceita sugestão do ventar,

Tento me permitir vagar, vagar, vagar num mar de velas,
Brancos estertores da vida que luta pra continuar,
Entre os vagos e as vagas de tudo que há pra contar.

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