quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Do que canto comigo



Na verdade ainda não sei quando é ou ai,
Quando sobe ou desce, quando e quanto padece,
Quem se deixar olhar como o que sempre desce,
Que se perde nas noites onde apenas o vento vai.

Na verdade ainda não conheço o total,
Sofrimento ou alegria, valente coragem
Rebeldia sem alento, cadente e fútil aragem
Que passa, e nem o cheiro fica no final.

Na verdade, sou apenas parte de um
Mais que um mas sempre só este cardigo,
Sentinela de nada, abastado mas sempre mendigo,

Na verdade não sei se também é algum
Destes meus cantares, nascidos do olho do umbigo,
Que virá algo se revelar, disto que canto comigo.

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