domingo, 29 de dezembro de 2013

Neste meu peito terno




E nada, do que até então se anunciava,
Parecia que veria a Luz da aurora,
E eu seguia, buscando a flor por quem chora,
Passarim sonhando ser a música que cantava.

E tudo, que continua independente do caminhador,
Como a estrada que nos leva, ventos na vela,
Como o barco que aparece sem dor, na tela,
Mas de quem a pintura verdadeiramente mostra a cor,

De tudo que na vida se ganha, se perde,
Se acha, se serve, se sintoniza com o eterno,
E o permeia pela água que molha no inverno,

E nos entangue de frio, do cio que ferve,
E permite a criação, árvore na montanha, no caderno,
No muro, na praia ou neste meu peito terno.

2 comentários:

  1. Grande Chico Nogueira!

    Aguardamos sua visita em 2014, na Roda de Viola!

    ResponderExcluir
  2. Agonia! Vento que leva, vai e vem. Inquietação é poesia!

    ResponderExcluir