domingo, 23 de fevereiro de 2014

Tempo dos amores



Caríssimos, dizia o velho de vestido preto,
E o erre era mastigado em seus dentes amarelos,
E se soltavam pedaços, areiosos singelos,
Ao se soltarem dos laços, o mal se desfazendo.

Boas palavras do padre Alfredo.
Um velho senhor de batina, depois da missa,
Portão de mistérios, desmisteriada missa,
Premissas de bem ser, seu Alfredo.

E o caro do amigo ficou caro comigo,
E o tempo de palavras doces,
Em dias quentes e moles

No sabor improvável de tamarindos,
No perfume que deixais, fosses,
Tempo dos amores.

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