quinta-feira, 6 de março de 2014

Memórias de vento

Mesmo na ventura mais sólida,
Em que me encontro, dias a fio,
Sinto que a distância entre este frio,
E o calor da Casa que viemos, assola...

Nem sei se sei, 
Lembro do que nem bem me lembro
Nem do vasto, do supremo,
Do infinito além de qualquer lei...

E nas ventanias que o pensamento,
Venta, veta, vultuosamente volta,
Eu, cheiro no vento, sigo como escolta,

Mistério onde ninguém, nem por um momento,
Imagina o desfeito, e constrói sólida porta,
Por onde ventaremos, e venceremos dor e revolta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário