segunda-feira, 3 de março de 2014

Pequenos na manhã


E que coisa boa, a meninada bagunçando.
A dificuldade em manter a casa em ordem,
As coisas, cada uma, todas se encontram, e fogem
Todas se encantam e vão se significando.

Quando a criançada que desarranja o arranjado,
Se sobrepõe ao inanimado, e faz ventar,
E deixa a dor sair, a beleza luzir e a satisfação chegar,
O novo que está vivo, então pode ser celebrado.

E mesmo com todo sono não sonado, desperto,
Na hora da chuva mais fina, do cobertor mais quente,
Da cama mais macia, alegria, festa, olhos ardentes,

Dor de riso, improviso, repente ao reverso e certo,
Um despertar que desperta a vida de toda gente:
Em razão dos pequenos, o mundo é mundo novamente.

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