terça-feira, 25 de março de 2014

Promessas de mar e Sol.



Um castiçal, um par de nadadeiras amarelas.
Entrei e era assim a casa de meu avô.
A lâmpada pouca na tão pouca ruela,
Fiozinho de Luz, desafiando o escuro da noite de chuva,
Lá na Serra, onde o vento uivava, uiva!
Bom o chão perto do mar, na casa de meu avô.

De dia, o verde intenso, denso, prateado azul
As folhas das Embaúbas, os palmitos,
As Onças, Cobras, Borrachudos, Tatus,
Veados, Antas, Jaguatiricas, Urubús, Macacos, Anús,
Na Serra onda a vida assusta a tudo,
Em mim, na Serra, perto da casa de meu avô.

E de noite, chegando da longa e Homérica viagem,
No meio da noite de chuva Diluvial,
Finas luminosidades que desde a chama agem,
Fez-me alento, medo, mistério completo com castiçal,
Onde se depositou, naquela casa, a vela bruxuleal,
Na casa no meio da noite de chuva, de meu avô.

Promessas de mar e Sol.

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