quarta-feira, 21 de maio de 2014

Da gamboa dos prumos


E então, no mundo se plantou o vermelho!
Sem espelho!
Só ser vermelho e aparecer,
Meu olho ver, seu olho, e ver
O vermelho plantado no vaso,
Do mundo,
Sem espelho!

E o vento ganhou perfumes e sumos,
E se espalhou,
Em palhas de rubros rumos,
E cantos feito resumos,
E palha voou,
Para gamboa dos prumos
Me vou!

No samba que faço, mais mesmo me teço,
Feito espelho sem aço
Fantasiado de mim mesmo,
Como um redemoinho mocosado,
Como uma ventoinha pedindo vento
Pra gamboa dos prumos
Vou correndo!

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