sexta-feira, 9 de maio de 2014

Meus desvalhos



O quanto do que faço, neste espaço
De tempo que vivendo, afinal, gasto,
Boi sem carne e berro, só pasto?
Em tempo, quando valerá este "que faço"?

Quanto vele este "que penso", que atravesso,
Meus caçôos e pantanos, de mim mesmo,
Eu me vaiando e me agredindo a esmo?
Devaneio de me condenar por travesso?

E meu chão, meu peito, meu cansaço?
Quanto valerá o pejo de meus feitos,
Quanto, algum senso meu ser de defeitos?

Eu então sem saber de quanto, que faço?
Canto! Magico encanto a me despir destes jeitos,
E a me despedir de meus vastos, nesta vida, mal feitos.

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