segunda-feira, 28 de julho de 2014

Curativo e arrombo

Meus medos me mantém,
meus arroubos me atiram,
desorbitam, exorbitante a lira,
a rabugenta embira amarra alguém,

e se não saí, foi porque assim,
feito um passarim com penas de si,
cantasse como voa um colibri,
corresse como eu, eterno meninim,

errante, e buscante, viro-me,
em peças, passos e letras,
em poças e cantantes canetas,

e como o pão em que consumo-me,
e feito um galho forte, rompo,
a mim e a tudo, curativo e arrombo.

Um comentário:

  1. Nada melhor do que ser um "passarim" que voa livre por entre árvores a cantar.

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