quinta-feira, 10 de julho de 2014

Velho moinho

E ouvi, lá longe, um canto de passarim...
Era como se a eternidade reluzisse,
em lampejos de criancices e crendices,
meninos de todas as idades em mim.

Neste tempo em que tudo é sombra,
tudo é pasto, passagem e mais além,
feito os pensamentos, de onde tudo vem,
de onde tudo é âmbar, e de cores sobra.

E lá, nas curvas de minhas alegrias,
de lá, observo o rio que segue longe,
da água, e de seu mistério que esconde,

e sua força é que, sem eu ver, todo dia,
me move como às pás do velho moinho,
como ele, eu não me movo sozinho.

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