sábado, 2 de agosto de 2014

Destinos do carinho

O carinho tem caminhos estranhos,
espinhos e tangos, e brotos, e limbos,
musgos de muitas cores, flores nos cachimbos,
jardins em antigas gaiolas, cumbucas de banho,
onde já se refrescaram passarinhos presos,
onde já cantaram da dor das grades/peso,

mas o carinho dá de si muito mais,
e sempre tem, porque energia não se gera,
se capta, se apura do ar, é o salto de fera,
é a gira da terra, o movimento dos sais,
que na água se depositam e se lançam à terra,
e da terra seus fluidos, seus escudos de serras...

O carinho abre portas de alpendres,
abre estreitas passagens onde antes
apenas a maldade em um passado distante
cantasse das histórias que nascem com os ventres,
que se rompem em eventos de dor e de graça,
e amor e caminho, de uma fartura que nunca passa.

O carinho dá venturas de voltas numa estrada,
aventuras de soltas almas em busca de mais,
em pedindo a alegria que só pode nos dar a Paz,
que é irmã do menino carinho, ela irmã bem-amada,
deste pequeno menino, com a força de gentis titãs,
celebrados nas imensidões do céu das miudezas anãs.

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