quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Zumbe uma mosca


Zumbe uma mosca, provavelmente antiga,
como os tempos de tanto tempo atrás,
que, tanto faz, nem existe, pois sempre mais,
cada um quer saber de sua própria cantiga.

Cada um de nós quer saber de seu pirão,
dos caroços da farinha que em seu prato,
tanta existência ambígua, no sentido lato
no sentido antônimo, autônomo ao rés do chão.

E zumbe a mosca de forças e envergaduras,
firme em seu voo de pequenezas e infinitudes,
grande destreza, velocidade que ilude,

pela ligeireza das asas, mas a realidade dura,
é que a mosca chega porque fazemos açudes,
de água só pra nós, e que ninguém se ajude!

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