O dia passa, e vejo na correria,
as vezes, numa suja vidraça,
ou quando mordo a mordaça,
ou então me lambo de alegria,
em mim, que o tempo se espraia...
Como a poeira nesta seca estrada,
como a Luz do Sol na poeira filtrada,
como a ondinha, na beirinha da praia...
E este espraiar do tempo tem me mostrado,
que o melhor é saber sentir o vento fresco,
a alegria fria da água que respinga nos cestos,
neste barco que temos por emprestado,
e com que cruzamos o dia, os dias, a existência,
com a fé de um dia chegar no Porto da Consciência.
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