Um velho me vejo, desde tanto,
tanto, pranto imã e desaviso,
força Xamã, Hortelãs e Narcisos,
Begônias, Tulipas, Laranjas crescidas no Guano...
E eu passaredo, passarim que voa, vive, fala,
canta um canto sem precisão,
sem certidões, vastidões e antemão,
invento caminhos nunca pensados no ar da sala...
e de fora da sala,
passarim preso no mundo,
querendo voar universos vagabundos,
mas do querer ninguém me cala,
nas voltas antes que sempre anoiteça,
sempre amanhece e tudo mais recomeça
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