quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Viola


Uma velha Viola, em sua glória,
em sua estada musicante no tempo,
mandando-se em encantes e lamentos,
em vibrantes batidas e ponteadas histórias...

Uma Viola que se é nas trocas,
nos encontros entre almas a quem ela,
é que toca, em suas encordoadas janelas,
que se abrem em melodias e troças...

E eu, perto dela, nada, nada, nada...
Feito o mar ante o Universo,
gigante e ainda pequeno e indefeso,

e nas vitrines que são esta minha estrada,
eu viajo montado nesta velha Viola encantada,
e distâncias sem fim, além de mim, atravesso!

Um comentário: