sábado, 15 de novembro de 2014

Nosso valor


















Todo canto, toda ponta me fere,
se não me deixa, me lida, impõe,
arrasta, exila, compila, ajeita, compõe,
e, quinas do mundo, no juízo interfere..

Eu era amaciado sentidor, menos penas,
menos lida, voltas, o mundo era mindim,
como o voo do Tisiu, a crista do Tico-tiquim...
Do Colibri, Bem-te-vi, a alegria serena...

Mas o dia vai montando seus quadriláteros.
Numa ponta vai depositando folhas,
com elas compõe Poemas, com que molha,

árvores da criação, pra que o repouso didático,
que nos mostra o valor da sombra pós-labor,
abrande o que fere, pra compartilharmos nosso valor.

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