E a cantiga, ela mesma,
se seguiu, feito um aro,
o ar, concentrado e raro,
fê-la eterna, ao esmo...
Ao ermo que banha o perpétuo,
ao vaso que contém o vasto,
e não se contém e voa no pasto,
e garimpa o sólido em busca do fátuo,
e em cada coisa se ouvia,
o som das eternidades frescas,
a velharia das novidades secas,
minha cantiga, minha alegria,
me deu e dá estrada e matéria,
pra vida que é insensata e séria...
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