domingo, 25 de janeiro de 2015

Ar





















No ar, se habita, se come,
se anda, se chega onde mora,
se veste (e desveste) quem namora...
Nesta ar, Amoras a gente consome!

Pelo ar, as cores ficam visíveis,
as estrelas apontam caminhos,
as grandes distâncias, tão pertinho,
nos sonhos, que tememos risíveis,

ou, "não rentáveis", como canções...
Melhor, as estradas já conhecidas,
ou marmeladas já muito lambidas...

Mas o ar se prende e solta sem senões,
sem sustos e sobras, fica, na fugida,
que é de tijolos de ar que se faz a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário