Cada pão
tem o gosto do aço
o peito, e o choro,
e uma aflição,
que pediria abraço,
pediria namoro...
Tão raro,
o ser se encontrar
com o que veio fazer,
seu presente caro...
No mais a pessoa
é forçada a acreditar
que o que ela pode dar
(tem sempre que soar)
no lugar triste, onde ela sua...
E eu aqui ouso, já ver,
este tempo de cada flor,
colorir onde havia dor,
e cada um poder, só ser,
pra chegarmos juntos ao dia
em que o prazer, não o pavor,
traga na labuta a festa e o calor,
e não mais a dolorida agonia.
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