quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Do Templo, o terreno



Uma Viola voa,
entre meus dedos...
E eu penso, atoa,
que ao fazer-lhe cócegas,
me contará, às cegas,
seus segredos...

Nem me lembrava,
que em mim
mesmo esta Viola dava
festas tão boas,
nas quais tantas loas,
já se compunham assim...

E logo um Canarinho,
chega cantando,
de preto e amarelinho,
e ver de perto
e ouvir desperto,
será trilho se pintando.

O frio tece a manhã
de calor ameno,
de orvalho e maçãs,
e neste peito, a Viola,
tece, desfaz e consola,
eu, do Templo, o terreno.

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