sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O nada





Ante nubente estátua,

rubra e rangente,

espacial e urgente,

virais reviravoltas do nada.



Eu era espírito e semente,

ente, escopo e rebarbos,

do que me humilho e gabo,

nesta eternidade benevolente...



E o nada, como sempre,

em sua genial gentileza,

borda pelas bordas do espaço,

renovado de realeza,

sem mais,

se re-fez e re-faz,

ele mesmo ventre.


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