sexta-feira, 15 de abril de 2016

Des-existindo


Foi! O rompante se deu,
o ato atavicamente sendo,
no nosso herdar violento,
e o de nós, bruto, rompeu...

Lá longe se ouviu um grito!
E aqui, em todo canto,
eu mesmo, quando canto,
quase que berro, aflito...

Porque a sordidez se veste
do sólido, que se desfaz,
e da pedra, que dói mais,

mas nunca chega ao celeste,
e minh'alma verá, luzindo,
a dor deste tempo, des-existindo...

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