O "homem de negócios"
chegava na África, trocava,
fumo pela gente que dava,
e as amarrava, com os sócios,
em fundos de navios fétidos,
sem ar, espaço, decência,
e velhos, mulheres, sem ciência,
homens e crianças, tranças mórbidas.
E estes empreendimentos,
trouxeram riquezas pras famílias,
que todo domingo iam à missa,
e é claro, os registramentos,
nos cartórios, pra atestar,
que aquela gente preta,
nasceu pra pros brancos, trabalhar...
E até hoje, quando um preto,
levanta cabeça e pensa,
que sua história, além de tensa,
merece também ter seu acerto,
um golpe vem de lá
e tudo se resumirá, sempre
em lutar.
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