quinta-feira, 30 de junho de 2016

Tarde menina


O vento sopra diferente,
na Rabeca, que na Flauta,
nas Alambras, que em Malta,
mas, Música, é o que se sente.

E o vento é sempre força,
venha de que região, temperatura,
altas montanhas, grandes funduras,
é aparência de ar, ao que pareça

e o rio, aparência de água,
e o mar, aparência de infinito,
e a formiga, que se pensa pequenina

e a dor que sente quem tem mágoa,
e a flor que entoa-se em Benditos
e a tarde, que no vento se brinca, menina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário