quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Os porquês


Como se forma
o que penso e digo?

É água morna,
ou intenso perigo?

Sou perna torta,
desgarrinchado mendigo?

Ou um tipo de porta
por onde a beleza sigo?


Como se fez
este Poema incauto,
este berrar nos autos,
esta inelucidez?

Do que se criará
este amor que sinto,
cheiro de fumaça e absinto,
cores de céu e mar?

Nos matizes da alegria
hei de cantar
mesmo sem saber
os porquês dos dias.

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