domingo, 15 de janeiro de 2017

Ser


Como dizer de tudo,
quando disser de mim?
Quando ansiar o fim,
sendo, ele, o fim, absoluto?

Como dizer destas horas,
sendo eu, passageiro,
como as pedras dos outeiros,
já foram pedras de mar, outrora?

Hei de cantar os Canários
que habitam peitos e matas
pra soar em ventos e cascatas,

e abrir, desde o imaginário,
os caminhos de perceber
o infinito que é, só em ser...

Nenhum comentário:

Postar um comentário