A manteiga que sobra
na ponta do pote
amarelo e vermelho, ocre,
a manteiga se embola,
fica ao lado da faca,
que a tira e a passa...
O infinito rebola
nas ancas de uma senhora
nas meias de uma menina
no sem fim, sem hora
que se reanima, e caminha,
e vai até onde dá a linha...
Tudo em cada reposto,
faz de novo uma velha
que tira e ajeita a sobrancelha
canta canções do desgosto,
mas que em si, tem o novo,
que sempre raia
sobre o povo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário