Passarinho não faz
distinção,
da distinção que a
gente faz.
Passarinho nem
escuta,
o som
da dor da labuta,
que cada dia faz despertar…
Sabe?
Dentro da gente,
enquanto nem olhamos
em volta
nem fingimos que somos
quem
não sente…
Eu já vi passarinho no mundo!
Já vi troando trovas,
uns com
os outros,
virando minhocas
e outros
troços,
e cantando como se a vida
fosse encantamento e alvoroço…
E não, é seu menino,
que já
acha que é moço…
Moça, é sua mãe, a Terra.
Não esta alegriazinha
destes
dias…
Mas passarinho,
faz alegria no caminho
porque
sonha com multiplicar
a si,
e aos seus de seu ninho,
pra mais pedacinhos,
o sonho
do voo
e do canto experimentar…
Achei muito interessante e carinhoso esse poema! Você vê poesia em toda parte! Muito bom poeta!
ResponderExcluir