terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Dos fios


Que fazer comigo, com este
caminhar em que me segui
unido e solitário, sem sentir,
e sentindo fome, sede e peste,
longe, perto e junto,
aqui e em todo canto do mundo?


Tudo que foi vivido, anuncia
a solitária marca da existência,
feito uma assinatura, na essência,
uma marca, que no papel irradia
imagens e jeitos de dizer,
com a vida fazendo seu próprio fazer...


Então, a mim e a nós resta,
este nosso tempo de oportunidades,
o mundo todo em suas possibilidades,
a flor singela crescendo na fresta
do concreto imundo e frio,
soltando e amarrando com seus fios...

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