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Marché au Portugal (1915) - Sónia Delaunay |
O horrível, convive com o terno.
O externo não é mais que invisível!
O percalço é a "des"percepção do eterno,
e o cotidiano, é na verdade indizível...
Eu, feito um ermo, me lanço do inferno,
em busca do meu paraíso visível,
e serei não mais que um Hieroglifo moderno,
mas veloz e audaz, como o herói risível...
Em meu cotidiano, visto bermudas e ternos,
visto pelagens e soluços, e pareço imprevisível,
dissoluto e arenato, e ainda indivisível...
Mas neste eterno caderno,
anoto meus dias e noites, o que possível,
pra entender o absolutamente incompreensível....
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