quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Do que trago


Me desfaço, incauto e disperso,
armas apontadas na direção
da total auto-dispersão
porque, fatalmente me dispenso!

E enquanto caminho no rumo
de não mais ser, nem vibrar,
bradarei tudo que houver no ar,
com a força que se aplica aos remos,

com a esperança que nasce
todo o dia nestas vagas,
onde subo e desço, e se apaga,

e tudo por saudável, cresce,
fazendo-me porção de sabor amargo,
não pelo que desejo, mas pelo que trago...

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