Um dia novo, um tempo
se constrói em lidas e lombras,
canta recitais apesar das sombras,
solta melodias ao vento,
pra que a gente acredite,
e se erga na alegria que insiste!
Eu, porque sendo ar,
procuro cheiros e abas,
me solto das horas amargas,
pois acredito em voar...
E vejo as incensadas certezas,
de que se virará, esta mesa...
Esta mesa de tristes imagens,
que a ganância fez dolorida,
nesta forma de gerir a vida,
na inconsequência desta rapinagem,
que põe o dinheiro acima de tudo,
justificado no ter, este absurdo,
que construiu exércitos e polícias,
pra garantir a posse roubada,
contra quem fez as estradas,
os prédios, as pontes, as delícias,
e nem tem direito a viver
nas belezas feitas por cada ser...
Sei, entretanto,
que isto mudará
e veremos chegar
os dias do novo encanto...
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