terça-feira, 13 de novembro de 2018

Seres alados


Um perfume me ventou
os olhos marejados de dor...
Que antes, nem via mais flor,
onde um jardim já se plantou...

Uma certeza canta minhas horas:
a de que bradarei assombrado
a leveza dos seres alados,
mesmo quando a desalegria vigora...

E me gorjeiam então, assim,
Passarinhos alegres coloridos,
com seus tititis e alaridos,

sendo a força e a vida, enfim,
antes dos começos dos sentidos,
de tudo o que sinto em mim...

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