quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Odisséia do Cotidiano

Enquanto aguardo o sino,
Da escola tocar o sinal,
Ouço a vida lembrar que é infinita
A lida pelo trivial:
Comida, bebida, sorte no destino,
Agasalho e guarida,
Açucar, tempero e sal...
Assim, o acaso convida
A ansear pelo final...


Mas a vida, mais uma vez,
E sempre,
A vida,
Revida:
Sou um ser imortal!


Sou um ser só de partida!
A chegada é o encontro do nada,
Com o vazio abissal!


E o abismo é toda medida,
E as flores no barranco,
Cores, e perfume floral,
Da certeza perfeita que canto,
De que o bem sucederá o mal!


E o sucederá na peleja cotidiana,
No deitar-se e se levantar da cama,
E viver (intensamente) esta vida normal!

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