Há tanto pra fazer, tanto já feito no entanto
Que a sensação que me assolla é a do alimento que sobra
Nem deglutição, nem panela, nem qualquer tipo de encanto
Apenas o peso desatinado de ser entulho de toda obra
O embrulho desafinado que o cantor profere,
É o marco firme e alado da marca de ser cativo
E o mar lindo e pesado a que o cronista se refere
É a tábua que não permite ao náufrago o motivo
De afundar-se, de render-se, de seguir altivo
O chão é o pão que podemos cantar
Pra evitar
O desânimo,
e seguir a vida por levar
Nenhum comentário:
Postar um comentário