segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os olhos tristes do desejo

A beleza humana tem armadilhas e encantos Divinos
Que convivem harmoniosamente como esterco e flores
Uma completando a outra em nossos corações meninos
Balizando a tarefa de pintarmos, em nossa vida, as cores

Com que se apresentará pra nós o retrato de nossos feitos
Quando por fim formos encontrados em nosso caminho
Com o que temos que encontrar, sem que haja outro jeito
Como é natural a volta ao ninho da mãe passarinho.

E este voltar tantas e tantas vezes sem fim se repete
Que nós, voltantes, vislumbramos sempre o lampejo
Do Amor infindo do Pai, mais alto, que ao coração compromete

E nos alveja com o sopro do infinito expresso em cada vicejo
Que nos sentimos compromissados com a Luz que se reflete
Na verdade incendiada no fogo que há nos olhos tristes do desejo!

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