Tornei pública minha ruptura com o que entristecia
Fiz das velas de minha nau os panos com que encerro a cena
Da tristeza que a nada, e à lugar nenhum me conduzia
E em nada me fazia maior que poça d`água pequena...
Eu, e nada nos encontramos sob este imenso luar
Com o intuito cada vez mais nítido de celebrar o dia
Que nada há de tão intenso quanto na lagoa da vida, nadar
Com a luz da lua iluminando as braçadas e zombarias
E eu, pobre remador da canoinha de meu corpo incompleto
Subo os degraus, sem graus da beleza que luzia
Na sala dos óbitos de meu edifício declarado decrépito
Na busca insensata, mas obstinada da grandeza que ardia
Em cada fogo de cada olhar que o mar mostrou seleto
Pois que cada um, todos, existimos pra buscar sempre a alegria
Nenhum comentário:
Postar um comentário