Eu não vivo mais além da beirada do rio.
Não o atravesso, porque tenho medo,
Porque tenho dor, porque sou brinquedo,
Da tristeza que me corta da vida o fio.
Sou, eu mesmo, uma luz na ribalta da esperança.
Eu, por mim, desta claridade que me sobra dos sonhos
Em que de soslaio semeio adágios risonhos
Sendo eu mesmo sou só tristeza e choro de criança.
Sou de mim esta luz que no breu bruxuleia
Dança comigo, de mim se solta em risadas
E me dá voltas na alegria sem fim que se permeia
Da beleza do que é intangível nesta caminhada
Que só não é mais escuro pela lua cheia
Que diminui a dor, ao (eu) ver a sombra amada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário