Trago a Lua em todos os lugares
Onde caminho, onde colho doces
Frutos e encho vasos de olhares
Mais ricos que todas as posses.
Assim perpetuo a chama da estrada
Que serpenteia, e longe sibila
Que perde escamas mas nunca desgasta
A natureza de si tão tranquila.
Eu mesmo eunuco de maldades
Arrepio na nuca do sopro do medo
Sigo com o cuidado ganhado das idades
Mas sigo por amor ao sagrado enredo
Que me permitiu sonhar felicidades
Do canto bem-te-vi de manhã bem cedo.
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