A poesia dá saltos dentro de mim
Como faz a onça com fome,
Desde o galho onde dorme,
Por sobre o incauto e assustado guaxinim...
E esta grande fome que tem a poesia,
Mastiga sonhos, miragens, visagens, conceitos,
Deglute, como fosse iogurte, exóticos trejeitos,
Num comer sem fim, que se come, e nunca se sacia.
Esta poesia inquieta voa pela noite escura
Feito coruja, procurando palavras assustadas
Que correm feito ratos enquanto a poesia as procura,
Mas a coruja/poesia é caçadora altamente experimentada,
Acha as palavrinhas roedoras, e com toda a candura,
As devora e vomita nas formas mais inusitadas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário