Fiz a cama na varanda, esperando chuva de flor,
Ventos nem me incomodam, gosto do cheiro do novo,
Da esperança que venta sem pertencer a um único povo,
Da certeza que voa com a leveza infinita do amor,
E eu fiz minha cama do lado de fora porque são sagrados
Os alpendres de nossa casa que tem a natureza da liberdade
A natureza sem portas que que finca suas raízes na bondade
A gentileza caminhante como as que tem passarinhos e estradas
E ali, naquela varanda eu dormi um sono de alegrias
Com sonhos de partilha e fartura que a bonança comanda
Com as cores de arco-íris que a Luz do céu refletia
E em cada vento que me sopra eu mais desejo que se expanda
A beleza e a delicadeza de ter minha cama, mais à cada dia
Colocada nos abertos caminhos da vida, minha cama na varanda.
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