E assim, pulei por sobre os ventos,
Meu passo,além de tudo que é rápido,
É incauto e destemido,
Como fosse um cão foragido,
Como fosse o ar em movimento,
Um sopro sonolento e cálido.
E ao pulá-lo, trôpego, me firmei,
Nas escoras das colunas de ar,
Que sustentam as abóbodas do Tempo,
Onde ancestrais abades celebram sem parar,
O que mais, motivado pela fé, sonhei,
Quando em idos tempos atravessava o mar
Buscando uma forma qualquer de alento...
Desde lá, tento, tento...
E se quando tudo passar,
E só quando findo todo o mar,
Tudo virá de dentro...
Meu passo,além de tudo que é rápido,
É incauto e destemido,
Como fosse um cão foragido,
Como fosse o ar em movimento,
Um sopro sonolento e cálido.
E ao pulá-lo, trôpego, me firmei,
Nas escoras das colunas de ar,
Que sustentam as abóbodas do Tempo,
Onde ancestrais abades celebram sem parar,
O que mais, motivado pela fé, sonhei,
Quando em idos tempos atravessava o mar
Buscando uma forma qualquer de alento...
Desde lá, tento, tento...
E se quando tudo passar,
E só quando findo todo o mar,
Tudo virá de dentro...
Oi Chico.
ResponderExcluirBonito poema. Imagens fortes, tão cheias de ânimo que poderiam levar o personagem a tomar seu destino nas mãos. Mas ele prefere ser regido pela fé e esperar que o "tudo" venha num futuro muito distante. Mesmo achando contraditório, goste.
Grato querido. A contradição é fundamental neste tempo do poema, que é um tempo de antes e depois, simultâneamente. E o personagem sou eu mesmo, vivendo ao mesmo tempo a marcha e a espera!
ExcluirQue agora,
tudo passará,
e tudo raiará
na tão antiga aurora...