terça-feira, 17 de julho de 2012

Tempo de chegada e partida

E, neste tempo de virada, olhei pra trás e vi,
O que a tanto tempo nem olhava
O que em meu epitáfio se anunciava
O que incauto e tolo apenas esqueci...

Mas, antes de tudo, segui com a jornada,
Quando as pedras eram muito pontiagudas,
Quando não me emocionava nem mesmo com Neruda,
Eu, caminhando trôpego, cheguei nesta virada!

Aliás, ainda nem bem cheguei.
Apenas a vejo brilhar distante, no horizonte,
Tão somente sinto sua brisa em minha fronte,

Mas que ela está chegando, eu sei,
Já sinto seu perfume nas narinas,
Já começo a afroxar os cabos na marina!

3 comentários:

  1. soltando os cabos na marina para que o barco siga pelos mares

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pra que nossa fome de horizontes,
      Se sacie com os infinitos mares
      Com as cores de todos os lugares
      Com a vida que jorra destas fontes...

      Excluir