Nesta cantiga, que canto nestes brados,
Sons graves, meus saborosos destemperos,
Saborosos pratos, provocantes cheiros,
Onde re-afirmo meu desejo de não ser bravo,
Porque o manso pode muito mais longe,
Pode caminhar onde o fogo sobe do chão,
Se alimentar onde o espinho preenche o pão
Vislumbrar Luz onde a escuridão tudo esconde...
Quero ser um com a mansidão do mar bravio,
Com a temperança graciosa do leão que caça
Com o equilíbrio devoto do louva-a-Deus num fio,
Que a perpetuidade da existência se sobra na sentença,
Que exubera na imponência com que passa o rio,
Que lava minh'alma, aprendiz da mansidão, sua presença...
a mansidão é um refúgio.
ResponderExcluireu
ainda
ao tempo
A mansidão
ExcluirSe afila,
Filha que é,
Sopro de fé,
Expresso na canção,
Do vento,
Do tempo.