quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Advir

E aqui, nesta primitiva pouca razão que me assenta,
Nesta instintiva lição que meus rins por fim sentem
Nesta ativa paixão que estes meus olhos não mentem
Mas que a certeza antes e sempre, no fim, apresenta,

Eu,súcubo de mim, vou buscando o caminho de fora,
Um trilheiro de amoras e pequis que possam adoçar,
E me tirar da intransigência que parece me acompanhar,
E lembrar do sabor dos buritis das veredas de outrora!

Deste tempo em que mais que prisioneiro, sou entregue,
À obra que por breve, se faz a este sonho construir,
E como o veleiro, sentir que ao destino o vento carregue,

Nossas vidas que já foram divididas, e o tal vento vem unir,
Na beleza que a leveza desta lida, pra que não haja quem negue,
Pra que eu não perca este meu tempo, lindo e rico do advir!

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