sábado, 24 de novembro de 2012

Cantando sem susto!

E lá, aqui, nesta terra distante e presente,
Cada um de nós sente, senta o pensamento
Na vontade de não mais se dar tormento,
Se dar cartadas de um seguir ausente,

Pois a distância que percorremos nos fez cantar,
Nossos cantos tão levinhos,
Meninos soltinhos correndo na maré
Meninos, meninas,
Cada um, um caminho
Uma solta vontade de voar
Que se acerta na grandeza que sempre é...

E eu, augusto leviano,
Mais algas que águas ou panos,
Sigo nestes rumos de mares de chegar.

Num tempo que se eterniza,
Em minhas velas que já viram tanto mar...

Eu, nelas,
Sou canto de proada,
Canto de bujarrona e nós das almadas,
Sonho um canto de encher panelas,
Limpo canto de almas lavadas!

E na busca dele, este canto,
Farejo sabujo velho,
Egípcio sacerdote escaravelho,
Em busca deste imenso encanto!

E sei que só chegarei ao que busco,
Nesta disposição de seguir,
Cantando além de todo permitir,
Cantar sempre sem susto!

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