A Luz difusa do Sol passando entre as nuvens,
O dia pedindo registro das imagens nas câmeras,
Pedindo pra não sair da cama, chocolate, filmes, tâmaras,
Carinho e calor num frio de chuva que vem,
Depois de tanto tempo de seca e ventos azuis,
Diante do Cerrado das palhas e folhas e pós,
Por sobre as cangalhas e malhas e fogo feroz,
Que a descrer da chuva, à alma incauta induz...
Mas hoje o que há é a fartura das águas,
Delícia de todo dia a garoa nos fazer despertar
Com o desejo de não abrir os olhos, e ficar,
Por sob os panos e dengos que a manhã deságua,
Porque se desperto vejo as cores com tal cintilar,
Que vale o transpassamento que é na chuva, acordar!
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