segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cansaço!

Cansaço. Morte nas andanças dos laços,
Dos pássaros que se assentam nas beiras,
Das eiras das casas insensatas e hospitaleiras,
Onde passo meu tempo que resta, embaço....

Cansaço. Engendrante estante onde penduro,
Esta poesia maldita, inaudita, vagabunda,
Que nem bem se limpa na feia e suja bunda,
E se mantém neste cheiro de anti-flor, monturo!

Cansaço. Putrefata vitória da não vida,
Na estrada cantilante onde, a todo instante,
Deixo minha respiração, vacilada e ofegante,

Pra voar de mim na insensatez da minha lida,
Que assento na pobreza insegura e claudicante,
Em que me solto no vento de cada instante!

Nenhum comentário:

Postar um comentário